A Sony PlayStation tem sido alvo de ataques repetidos de hackers e alguns acreditam agora que isto tem sido uma reação pela forma como a Sony respondeu a hackers de forma agressiva.
Microsoft, por outro lado, teve uma abordagem diferente – abordagem essa que lhes poderá ter tornado não tanto um aliado desses hackers mas mais um amigo.
Há 6 meses atrás, antes da PlayStation ter sido atacada e desligada pela própria Sony, nada indicava o que poderia ou iria acontecer. Os ataques tem sido sistemáticos e em alguns dias foram vários.
E tudo por causa de um hacker conhecido por GeoHot ou George Hotz que conseguiu crackar a PlayStation a 3 em Janeiro de 2011. Este ato possibilitou que outros escrevessem e jogassem vídeo jogos caseiros e/ou copiados.
A reação da Sony contra Geo Hot foi o que exasperou uma comunidade de hackers que decidiu retaliar. Enquanto a Sony levava GeoHot a tribunal, os hackers falavam com a Sony e explicavam que através de reverse engineering, eles tinham conseguido mais que as supostas grandes mentes da electrónica gigante. Estariam eles à espera que a Sony seguisse o mesmo caminho que outras empresas cuja segurança tinha sido violada seguiam? Aparentemente não.
A Microsoft, por outro lado, não escolheu a mesma tatica mesmo que no inicio não estivesse nada satisfeita com a rapidez com que crackaram o Kinect. A diferença é que algumas das alterações eram tão cool que a Microsoft acabou por alinhar – muitos acreditam ter sido uma boa opção.
Não podemos esquecer que a plataforma PS foi utilizada em tempos por cientistas e engenheiros para resolverem alguns problemas complexos utilizando Linux , interligando-os em rede criando para todos efeitos, um supercomputador. Um dos objectivos de GeoHot era de voltar a esses tempos quando os aparelhos eram utilizados de forma mais útil e de facto como foram vendidos em certos casos. Só depois é que a Sony retirou esta possibilidade.
Um dos princípios em causa era de podermos utilizar o aparelho nas condições em que o mesmo foi vendido.
No caso de GeoHot, muitos acreditam que a Sony perdeu uma oportunidade de trabalhar com ele em vez de contra ele, humilhando-o com um processo judicial para servir como exemplo. Mas quem serviu como exemplo foi a Sony – e o fim não parece estar por perto – os ataques continuam a surgir e com cada ataque, a confiança dos clientes na Sony diminui drasticamente, bem como o seu valor.
Mesmo que os casos da Sony e da Microsoft sejam muito diferentes, o que fascina a muitos é o facto de estas enormes empresas ainda não perceberem bem como reagir aos seus clientes que em certos casos demonstram uma maior sofisticação que as grandes mentes que lá trabalham.
Se for um CEO de uma empresa e receber um email de um hacker a demonstrar como ele foi capaz de abrir um buraco na segurança do seu produto e/ou serviço em que a sua empresa gasta milhões de Euros a desenvolver e manter, como vai responder?
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