A dias de uma comunicação oficial do lançamento do novo iPad 3 para dia 7 de Março, a informação que circula causa alguma preocupação. Não para nós que não trabalhamos na Apple nem somos acionistas da Apple, mas para a própria Apple e para todo o ecossistema que vive, e bem, do sucesso do iPad.
Já tínhamos relatado o problema com o nome iPad, e depois com um aparente distanciamento numa solução, que independentemente de quem tem a razão, é de todo do interesse da Apple. Mas também devo dizer que todas as opiniões têm como base a informação, pouca que seja, que circulam na Web.
Mas o que surge agora é a informação que o iPad existiu antes do iPad que agora todos conhecemos, o da Apple. Confuso? Não desista já. É que a empresa Proview, que tem várias ações judiciais contra a Apple na China e recentemente na Califórnia, quer agora acima de $2 mil milhões de USD de compensação e ainda não se percebe se esse valor inclui então a utilização do nome.
É que o iPad (Internet Personal Access Device) já existia em 1998. Sim o iPad já existia na China em 1998, mas como pode ver, era um pouco diferente do iPad da Apple. A própria brochura deste iPad sugeria algo diferente do que se vê na imagem – um monitor com acesso à internet.
“…. development constructs on the dream of technology founded human spirit. To make use of advance serial products… it is the strong leading trend and nobody can resist the charming of iPAD”.
Pode não fazer muito sentido para nós, e muito menos para quem o Inglês é a sua principal língua, mas aparentemente Proview acredita que este iPad é a versão de qual Apple não só roubou o nome mas também o conceito. Na verdade somos livres de acreditar o que queremos, mas uma pequena dose de racionalidade é sempre aconselhável.
Por isso podemos resumir toda esta telenovela no seguinte: Proview desenvolveu o seu primeiro iPad, tinha o nome, vendeu mas não através de uma verdadeira venda (?), teve um CEO que saiu pois entrou em falência, e a própria empresa está agora na falência. Acreditam ainda ter os direitos do nome, necessitam mesmo de dinheiro, muito dinheiro, e estão a contar que a Apple pague para que o problema desapareça.
O que não sabemos é quem tem razão, mas podemos ter uma inclinação, mas acima de tudo, sabemos que nada disto é benéfico para a Apple e com mais de $100 mil milhões de USD no banco, este poderia ser um daqueles casos que a Apple assume como perdido independentemente de ter ou não razão. É que uma empresa Americana que quer mesmo sangrar num dos maiores mercados do mundo, a China, poderá bem ter que se adaptar a outra realidade. Uma onde a razão e o raciocínio pouco importa.
Para todos os efeitos, a telenovela continua e poderá bem complicar-se mais.
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