Para todos quantos participavam em feiras de ciência ou academias de jovens cientistas, a proeza passava por construir um vulcão que, com um pouco de sorte, conseguia fazer cintilar uma pequena luz vermelha no meio, sendo que, para os mais aventureiros, um pouco de fumo coordenado com a passagem do júri pela nossa mesa.
Para alguns adolescentes, no entanto, as feiras de ciência constituem oportunidades únicas para ajudar o mundo a resolver problemas que os cientistas têm tido dificuldade em conseguir. É precisamente este o caso do vencedor da Intel International Science and Engineering Fair, Jack Andraka, de 15 anos, o qual conseguiu encontrar uma forma de identificar o cancro pancreático, atempadamente, de modo a que o tratamento seja bem sucedido.
Premiado pela Intel com uma bolsa de estudos no valor de $ 75,000 USD, Andraka desenvolveu um sensor de papel que consegue detetar o cancro pancreático, do ovário e do pulmão, antes que os mesmos se tornem invasivos, a um custo de pouco mais de 2 cêntimos, sendo que a análise é de apenas 5 minutos.
Segundo Andraka, “o processo é “simples”, uma vez que existem anticorpos que captam uma proteína especifica que se encontra no nosso sangue, a qual surge em níveis elevados quando o corpo padece de um destes tipos de câncer. Quando tal acontece, o sangue altera a condutividade do seu sensor de papel.
Denominando a presente forma de deteção desta proteína no sangue por Elisa, o teste desenvolvido por Andraka é 168 vezes mais rápido, 26,000 mais barato e 400 vezes mais sensível do que qualquer outro – e já referi que ele tem apenas 15 anos?
Paralelamente, o seu teste é mais preciso (acima de 90%), é portátil e não necessita de qualquer formação especializada. Não é, pois de estranhar que Andraka já tenha patenteado o teste, tendo já recebido algumas propostas de empresas de biotecnologia interessadas em desenvolver este teste, tão simples mas eficaz .
Já no início deste ano, Angela Zhang, com 17 anos, ganhou o prémio de $ 100,000 USD, atribuído pela Siemens Science Competition, por ter desenvolvido uma cura para o cancro – e ainda dizem que a nova geração está perdida?
httpv://youtu.be/Q9mutro7h7k
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