Quando alguns receberam o convite, “come and see what we are building”, alguns especulavam que Mark Zuckerberg iria lançar um smartphone, mas dado a sua constante negação, só restava na realidade o Facebook Theme Park.
Imagine um lugar onde pudesse ir conhecer os seus amigos em pessoa – um sucesso instantâneo. Provavelmente a principal atração seria o Stockprice Rollercoast, uma curta viagem com subidas e descidas, um pouco às escuras.
Mas não, afinal lançaram search, mais especificamente um graph search beta, o “terceiro pilar” do Facebook que lhe dá “respostas e não links como o Google”. Durante uma reunião, estava a seguir o evento no Twitter, mas tive que abandonar este meio como fonte de informação pois parecia que o sistema estava preso com as mesmas duas ou três mensagens – milhares de pessoas a enviarem tweets com a mesma informação.
Rapidamente surgiram as diferentes interpretações deste lançamento. Alguns decepcionados com a revelação, aqueles que querem algo revolucionário todos os meses, outros decretaram este momento como verdadeiramente marcante na história das redes sociais, e claro, search.
Na altura do lançamento de Siri, eu caí nesse erro também, achando que “iPhone 4S ou iPhone 5? Não Interessa – Vem Ai A Nova Revolução” – não por ser Apple mas sim porque finalmente o search seria contextual, semântico e guiado por voz, a nossa voz. Esqueci de um pormenor, será que o consumidor quer mesmo isto? Ignorando obviamente que o produto não estava pronto para ser lançado para uma comunidade do tamanho dos utilizadores iOS.
Desta vez reservo o meu entusiasmo para outras alturas por uma simples razão: não acredito que além da inicial reação de experimentação, irei utilizar este serviço – afinal só queria conseguir encontrar pessoas, amigos, empresas, marcas, palavras em mensagens, eventos – algo que nunca funcionou bem, nada bem.
Danny Sullivan, da SearchEngineLand, tem uma excelente analise do que o novo search faz, o que pretende fazer e as razões pelo qual poderá não fazer o que Zuckerberg quer que faça… não será a primeira vez. Lembram-se como Facebook email iria revolucionar email?
Só espero que ninguém tome decisões “informadas” com base em pesquisas que possam entregar respostas com base no que eu pessoalmente gostei, publiquei, partilhei, bem como nos sítios em que fiz check-in. Estranho que pareça, não revelam nem 10% de quem eu sou.
Quando olho para as páginas em que tenho feito “Like”, para a listagem de livros que nunca mais atualizei, para a escolha de música que não compreendo e as restantes áreas que estão vazias, e irão permanecer vazias, duvido que alguma vez este tipo de search seja adoptado pelas massas.
Na realidade, só queríamos mesmo que o search funcionasse minimamente, um pouco como o Google – devemos assim nos preocupar com o facto que Facebook diz que o Graph Search não é nada como o Google Search?
imagem: Um outro parque
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