Uma nova moeda surgiu a meio deste ano que se chama Bitcoin e mesmo que não subreviva à pressão da política, banca e hackers, tudo irá certamente mudar. Da mesma forma que Napster alterou para sempre a industria discográfica, Bitcoin está prestes a alterar muito mais.
O conceito de Bitcoin é a criação de uma moeda virtual que já conseguiu conquistar o interesse da comunidade tech, especuladores e indivíduos com negócios ilícitos. A promessa é grande e as consequências ainda maior.
Pela primeira vez, pode agora como utilizador comprar online sem ter de utilizar um cartão de crédito ou conta bancária, permitindo assim não deixar qualquer rasto.
Já existem inúmeros locais que já aceitam Bitcoin – pode assim comprar um domínio, criar uma loja online com Vendder, comprar seguidores no Twitter, gerir a sua contabilidade online, bem como comprar e vender os Bitcoins – tudo em anonimato.
Com os Bitcoin exchanges, o preço tem oscilado consoante a procura. Um Bitcoin que valia menos de $1 USD já chegou a mais de $30 USD antes de cair para os $18 USD.
O Bitcoin é um código encriptado que pode ser zippado, enviado e/ou guardado num digital wallet. O conceito foi proposto por um hacker cuja identidade ainda é desconhecida – Satoshi Nakamoto. Nakamoto publicou um whitepaper onde descreve uma moeda encriptada (não regulada) utilizada através de computadores conectados através da Web.
Mas ainda estamos no inicio dado que o futuro da Bitcoin ainda está para se definir – alguns senadores dos Estados Unidos consideram esta uma forma de lavar dinheiro dado que já está a ser utilizada para a venda de produtos e serviços ilícitos.
Presentemente existem 6.5 milhões de Bitcoins em circulação controlado por um algoritmo e com uma capacidade máxima de 21 milhões. Dado este limite, espera-se especulação em torno da sua venda e compra podendo assim aumentar o seu valor a curto prazo. Mas o risco está inerente a quem tem Bitcoins pois
Uma das vantagens da utilização de Bitcoins, além do anonimato para quem o procura, é a ausência de bancos, empresas de cartões de crédito e outros tais como o Western Union que fazem biliões de USD através da utilização de crédito e transações.
Assim, uns vão querer taxar este serviço, outros acabar com ele e os hackers estão motivados para demonstrar as suas capacidades bem como em fazer dinheiro no processo. Segurança é pertinente.
CampBX é um novo exchange que não é propriamente um passa tempo – a processar $324 milhões de USD em Bitcoins, segurança é uma das principais preocupações. O data center tem uma extraordinária segurança física com diversas ligações em simultâneo. A sua associação à McAfee permite correr 12,000 testes contra o site todas as noites. Outros testes de penetração são conduzidos diariamente utilizando de igual forma um sistema com mecanismos peer-review para assegurar que não existem vulnerabilidades no código.
Mas segurança não é a única vulnerabilidade – a forma como os exchanges foram criados, não permite a existência de short selling, uma funcionalidade fundamental para diminuir a volatilidade. Só com a estabilidade é que a economia Bitcoin pode assim tornar-se um mecanismo global.
O resultado desta unilateralidade é a baixa liquidez que advem da impossibilidade de existirem compras e/ou vendas de grande volume. Quem tem uma grande fatia deste pequeno mercado pode assim facilmente manipular o valor do Bitcoin.
Mesmo que se questione o futuro de Bitcoin, pandora’s box is now open… Agora que temos a tecnologia e o exemplo de que como uma moeda descentralizada pode operar, tudo vai mudar, novamente.
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