Com a febre de Social Media e especificamente Facebook, muitos esquecem-se que Facebook não é um serviço publico, uma comunidade sem interesses próprios e muito menos uma caridade. É uma empresa privada focada em crescimento e receitas.
Vários são os exemplos onde Facebook colocou os seus interesses à frente dos de utilizadores e isso revelou-se de várias formas:
- Beacon um serviço que automaticamente publicava informação sobre o utilizador foi cancelado mais tarde dado as questões de privacidade levantadas;
- Alteração de fã para like foi claramente uma opção para agradar as marcas (potenciais anunciantes) sendo que foram de ter poucas para milhares de “fãs”;
- Mais recentemente, Facebook introduziu facial recognition para sugerir aos utilizadores outros que poderiam estar na fotografia;
- Como utilizadores, somos colocados (sem previa autorização) em grupos sendo que teremos sempre que ir ao grupo e pedir para sair.
Mas dado que Facebook tornou-se numa comunidade num mundo com quase 700 milhões de utilizadores, grande parte das marcas, developers e utilizadores sentem uma necessidade de estar presente.
Mas muitos esquecem-se do facto que é perigoso colocar demasiada importância, ou criar demasiada dependência na plataforma que há poucos dias lançou um bot para desativar as contas de developers que criaram os seus negócios em torno neste mundo – por menos a ideia era eliminar o spam mas acabaram por desativar contas legitimas criando um problema para quem vive deste negocio. Isto tudo porque confiaram no Facebook.
Na realidade, para o numero elevado de utilizadores, a automatização é o caminho a seguir para poder gerir grande parte das funcionalidades e monitorização de tudo bom e mau que acontece no Facebook. Mas as consequências podem por fim à credibilidade, e acima de tudo, na confiança depositada no Facebook para fazer o seu ecossistema florescer. Eu suspeito que uma melhor forma de gerir este tipo de desafio é através da própria comunidade tal como a Wikipedia consegui fazer. Mas o problema é que tem que existir primeiro um sentido de comunidade em vez da preocupação com a avaliação e futuro IPO.
Um developer exprimiu o seu sentimento ao ser descativado e depois reativado:
“I will no longer be content to view Facebook as an environment to handle user traffic. They will be a mechanism for user acquisition alone.”
Para as empresas que cada vez mais atribuem uma maior importância ao mundo Facebook, fica aqui um aviso – no quintal de Zucky, quem manda é… pois.
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