E cá está. Reportámos aqui que a Apple estaria prestes anunciar um evento para dia 2 de Março no qual seria anunciado o novo iPad 2. E aqui está o convite oficial enviado há pouco à imprensa.
Caso ainda tenham algumas dúvidas sobre o tema do evento, basta olhar para o convite. Por menos sabemos que será o iPhone ou o iPad mas o número 2 demonstra que só poderá ser o iPad 2.
Mesmo sem saber em definitivo o que se pode esperar do novo iPad, algo podemos ter a certeza, a Apple sempre posicionou-se muito à frente da concorrência.
Se abstrair-nos, durante só um breve momento (vá lá), do lado em que nos encontramos na guerra iPad vs todos os outros tablets, não podemos de deixar de analisar a situação em que a Apple e todas as outras empresas que produzem ou intencionam produzir tablets, se encontram.
É que já há muito tempo que não se verificava uma marca com uma visão e estratégia tão clara no que concerne ao lançamento de um produto num segmento inexistente. O seu rápido sucesso diz tanto da excelência do seu produto como da sua própria execução de todo o marketing, logística e processo de venda.
O mais alarmante é o facto que o mercado, na sua totalidade, foi apanhado de surpresa, tentando agora recuperar terreno mas sem o luxo do tempo – que a Apple teve. Relembramos que a Apple tinha o iPad pronto quando o iPhone foi lançado mas decidiu esperar. Esperar que o mercado aprendesse, reagisse e votasse (através da compra) no sucesso/insucesso do iPhone – o mais forte indicador de como o iPad seria recebido.
É que nem os analistas podiam alguma vez prever este sucesso. Mas a Apple parece ter equacionado praticamente todos os cenários, cuidadosamente abrindo território atrás de território mantendo a sua capacidade de resposta no seu limite. Muito pouca margem foi deixada para possíveis problemas – problemas esses que devem ter sido incluídos no seu plano de execução.
Não gostaria de forma alguma estar na posição de todos os seus concorrentes. É que a pressão de shareholders deve ser quase intolerável forçando as maiores empresas de tecnologia, tal como a HP, a anunciar algo que na realidade não passa de uma intenção.
Para adicionar á mágoa, em grande parte, só a Apple e a RIM tem o luxo de ter o controlo direto do hardware e software do tablet.
Muitos CEOs, e shareholders, devem estar neste momento a viver os seus piores momentos. É que até aqui, podiam sempre dizer que a sua (futura) tablet tinha 2 câmeras, etc., … ou seja os selling points supostamente determinantes para captar todos aqueles que ainda não investiram no iPad.
A pergunta agora é, o que é que a Apple vai obrigar os seus concorrentes a mudar (ou não) nas suas respectivas ofertas e em tempo recorde? É importante também manter um olho nos preços de todos os tablets, pois a tendência é para a Apple posicionar-se também no segmento mais barato de tablets. Algo que os novos tablets, á partida, não vão poder acompanhar.
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