Não é segredo nenhum, nem surpresa, que o publico culpa o governo pelo caos financeiro e político. Se por um lado culpamos os bancos pela desgraça financeira, culpamos os políticos por ter deixado os bancos fazerem o que fizeram, e que para muitos, continuam a fazer.
O Edelman Trust Barometer, um estudo anual que demonstra em quem o publico confia, tem estado a revelar, ano após ano, que cada vez mais o público confia é nos seus pares e menos nas empresas e governos.
Edelman’s 2012 Trust Barometer foi lançado em tempo para a conferencia Davos, o mais importante fórum económico, onde o estudo será apresentado oficialmente.
O estudo inqueriu 25,000 da população geral com um segundo grupo de inqueridos de 5,600 que representam os “mais informados” da sociedade cujos totais rendimentos por família, inserem-se nos 25% topo do mundo.
Em 17 dos 25 países do estudo, existe agora uma menor confiança nos seus governos – menos que metade acreditam agora que o seu governo seja capaz de fazer o que devia. Mas a confiança nas empresas também caiu de 56% para 53% comparado com o ano passado.
Mesmo que os negócios tenham tido uma menor queda em confiança, países no centro dos problemas económicos Europeus registaram as maiores quedas. Confiança nas empresas na Espanha, França e Alemanha registaram quedas de 21%, 20% e 18% respectivamente.
Interessante foi a China, a exceção, registando um aumento de confiança de 10% chegando aos 71%.
Richard Edelman, presidente e CEO da Edelman explicou “Empresas estão agora melhor posicionadas em comparação com os governos para nos retirar da crise de confiança… mas a balança vai ter que mudar para que as empresas sejam vistas como uma força positiva enquanto se mantêm catalisadores para crescimento financeiro.” Mas será que é possível?
Enquanto a confiança decresceu nos governos e empresas, o mesmo estudo registou um aumento de confiança naqueles que o cidadão ouve e acredita. “Uma pessoa como eu” está agora nas primeiras três fontes de confiança, pouco atrás dos académicos e de técnicos peritos na matéria.
Networking nas redes sociais, micro blogging e partilha de conteúdo registaram as maiores subidas como fontes de informação de confiança, atingindo os 88%, 86% e 75%. Algo preocupante pois todas as três sofrem do problema de iminência e a consequente falta de veracidade. Mas não devemos também ficar surpreendidos, dado que o publico necessita que a mesma informação seja repetida várias vezes antes que acredita nela – algo que só social media consegue fazer de forma eficaz – muitas vezes bem de mais.
Mas independentemente deste crescimento, media tradicional e motores de busca continuam a liderar a tabela das mais confiadas fontes de informação para noticias e informações, conforme os resultados do estudo.
[…] nunca abusando dessa confiança que é hoje em dia tão difícil de conseguir. Não têm acesso ao Edelman Trust Barometer 2012? Já viram onde está o nível de confiança com as instituições financeiras? Olhem para baixo, […]