Google+ existe há relativamente pouco tempo, desde o verão passado, e assim continua muito atrás do Facebook em termos de utilizadores. Mas o Google Plus acabou de receber a melhor campanha (ou parceiro) possível, com a colocação saliente no lado direito dos resultados de busca do Google.
Através de uma atualização importante no Google search, o mais valioso de assets da Google, a empresa passa agora a mostrar resultados de conversas tidas pelos seus “amigos” num dado tópico.
Se pesquisar “pasta”, irá ver recomendações dos seus “amigos” em destaque do lado direito com links de restaurantes e mais que provável o página de Wikipedia caso estivesse curioso em saber mais sobre o histórico do termo escolhido.
Amanhã, poderá não ver nada no Wikipedia, por menos nas páginas em Inglês, dado que vão vedar o acesso a um dos mais visitados sites online, em protesto à SOPA (Stop Online Piracy Act).
Google irá também incluir resultados dos seus outros assets, tais como o YouTube, no que concerne a vídeos, e Picasso, o seu serviço de fotografias. Conforme Danny Sullivan, editor da Search Engine Land, “Imagine que um membro da sua família partilha uma fotografia privada consigo, agora pode efetuar uma pesquisa e todas estas partilhas privadas irão aparecer nos seus resultados. Somente nos seus resultados, ou com quem têm acesso aos mesmos, sendo que assim já não tem que ir a vários sítios para pesquisar quer a Web, quer o seu conteúdo. Goggle torna-se assim numa espécie de dossier de tudo seu.
O objetivo é ter resultados que se aplicam mais ao seu dia-a-dia, mas nem todos estão satisfeitos com estas mudanças. A Electronic Privacy Information Center (EPIC) pediu à Federal Trade Commission para investigar se Google estaria ou não agora a demonstrar sinais de praticas contra a competitividade.
Marc Rotenbger, diretor executivo da EPIC, explica “é contra a competitividade pois estão a favorecer o seu próprio conteúdo… Estão a favorecer artigos do Google+ em vez da informação que Google tipicamente lhe fornece, e acho que para muita gente, este facto vai-lhes surpreender bastante. Vamos ao Google search com frequência, e vemos uma boa listagem de resultados baseado nos nossos interesses e na sua popularidade. ”
Mas o novo Google não é somente para aqueles que se registaram no Google+. “Mesmo que não esteja registado no Google” diz Sullivan, “e é completamente anónimo, quando efetua uma pesquisa, agora no lado direito dos resultados, Google vai lhe sugerir pessoas que poderá ter interesse em seguir no Google+. É uma espécie de lista de ‘quem deverá seguir’, sé que exclusivo ao Google+.”
Isto tona o novo Google diferente do antigo Google com praticamente nenhuma informação adicional aquela que pretendia quando efetuava a pesquisa. Como devemos agora ver Google?
Estará Google agora a posicionar-se como um portal ou um destino perante o seu próprio ecossistema? Sullivan, que segue Google desde o inicio não tem a certeza. “estamos perante um estranho ato de equilíbrio onde Google, o motor de pesquisa, está a ser convidado a integrar-se no que a Google rede social quer ser”.
Para aprofundar mais, deverá ler o artigo de Danny Sullivan no Search Engine Land.
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