Continuam-se a levantar questões sobre o impacto social da massificada utilização das redes sociais tal como LinkedIn, Facebook e Twitter. Será que estas redes isolam mais as pessoas comparado com o relacionamento tradicional? Ou existem benefícios associados à conectividade virtual?
A Pew Research Center’s Internet and American Life Project estudou a utilização das redes sociais através de um inquérito onde analisou os utilizadores e a sua presença nas respetivas redes e quão relacionado está a utilização destas tecnologias à confiança, tolerância e interatividade na comunidade e na arena política.
Existe uma considerável variação na forma como os utilizadores interagem nas redes sociais. 52% de utilizadores no Facebook e 33% no Twitter interagem diariamente, enquanto somente 7% o fazem no MySpace e 6% no LinkedIn. No Facebook, num dia típico, 15% dos utilizadores atualizam o seu status; 20% comentam numa fotografia de outros; 26% clicam no “like” de conteúdo de outros e 10% enviam uma mensagem a outro utilizador.
O nível de confiança do utilizador de Facebook é superior à das outras redes sociais. Aos inqueridos, foi-lhes perguntado se acreditavam que se podia confiar na maioria das pessoas. Utilizando analise de regressão para controlar factores demográficos, o estudo revelou que o utilizador da Internet é 2X mais provável de acreditar que pode confiar nos outros. Utilizadores do Facebook confiam ainda mais, o que poderá explicar a razão pelo qual estão dispostos a partilhar praticamente tudo online. Um utilizador que visita o Facebook múltiplas vezes por dia é 43% mais provável de confiar que outros e 3X mais provável que aqueles que não utilizam a Internet – para alguns este é um exemplo da percepção de segurança associada à utilização das redes e a familiaridade que os seus “amigos” lhe conferem bem como a sua implícita confiança.
Uma outra analise revelou que nas redes sociais, 40% dos utilizadores fizeram-se “amigos” da maioria daqueles em que confiam (verdadeiros amigos?), percentagem essa que aumentou dos 29% em 2008. O que umas vezes se esquecem é que o resto do mundo está a ver – salvo aqueles poucos que ajustam as propriedades de privacidade das suas respectivas contas.
O numero de utilizadores que utilizam as redes sociais quase que dobrou desde 2008 enquanto a idade media do utilizador envelheceu. Nos Estados Unidos, 79% dos adultos utilizam a Internet enquanto quase metade (47% – ou 59% dos utilizadores da Internet) utilizam por menos uma rede social. Estes números são também praticamente o dobro daqueles de 2008. A idade média subiu de 33 para 38 enquanto quase metade dos utilizadores das redes sociais tem agora mais de 35 anos. 56% dos utilizadores das redes sociais são do sexo feminino.
Não será de estranhar que neste estudo, 92% dos utilizadores estão no Facebook. 29% estão no MySpace, 18% no Linkedin e 13% no Twitter. Continuo da opinião que as empresas devem experimentar nestas redes, marcando e medindo a sua presença mas mais tarde ou mais cedo, só vão tirar o verdadeiro partido das redes criando a sua própria rede – afinal o barulho já é tanto que será cada vez mais difícil conseguir ter uma relação de qualidade fora dos seus próprios Web assets.
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