Quando necessitamos de uma resposta temos várias opções, mas na maioria dos casos, procuramos um expert ou por menos alguém que acreditamos saber mais sobre o tema que qualquer outra pessoa que conhecemos.
A realidade é que com Facebook, LinkedIn e Twitter, para não falar noutras redes sociais de nicho, todos nós procuramos, nos nossos pares, uma possível resposta.
David Weinberg, reconhecido pelo seu domínio da área de tecnologia, acredita que o futuro pertence a estas pessoas. Weinberg desenvolve a sua teoria no seu livro “Too Big to Know: Rethinking Knowledge Now That the Facts Aren’t the Facts, Experts Are Everywhere, and the Smartest Person in the Room Is the Room.”
O conceito central é o conhecimento colaborativo, sendo que estamos a viver uma mudança de conhecimento das autoridades para conhecimento dos pares. Conforme Weinberg, tudo será um projeto.
Weinberg explica melhor:
“Now the fundamental fact of knowledge is not that there’s a set of experts who talk with one another, but there’s a network. The network itself becomes where the knowledge is. That network overall has more value than any particular participant.”
O nosso dia-a-dia já é diferente e reflete muitas vezes esta mudança. Quando queremos ou necessitamos de aprender algo, viramo-nos para o motor de busca, a maioria para Google. Mas quando a questão é mais complexa, ou de maior interesse pessoal, procuramos inserir-nos num grupo de pessoas, uma rede, que têm conhecimento sobre este e outros assuntos.
Estes knowledge networks (redes de conhecimento), que aparecem em todas as redes sociais, são veículos que nos permitem ser mais inteligentes num todo – mais que a soma das partes.
Mas se as redes têm o conhecimento, qual será assim o papel dos administradores destes grupos, supostamente os experts? Aqueles que administram e servem como árbitros nas redes. Qual o seu papel e importância?
Weinberg acredita que existe de facto uma tremenda força no networking, permitindo que exista dialogo, conversa e discussão. Quando existem umas poucas pessoas com as competências para gerir estas redes, estes grupos, o que aparece através dos filtros tem maior relevância e valor para todos. Mas com os filtros, o mundo torna-se um lugar mais seguro enquanto ficamos com uma visão mais estreita (limitada) do que nos rodeia.
Quando o conhecimento existia somente em print, era mais fácil acreditar que tínhamos todos chegado a um consenso. Agora tudo torna-se muito mais barulhento.
“To work out what the from of the argument is, and what’s going to constitute enough evidence, enough truth, that disagreement turns out to be liberating… far more than the attempt to force everything through a single arbiter, a single admin, a single filter.”
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