Se a China parecia um mercado fantástico para a Apple, hoje as coisas parecem ser diferentes, muito diferentes. É que mesmo que o mercado seja um enorme potencial para a Apple, os desafios são ainda maiores. O problema continua a ser como manter o produto nas prateleiras, mas agora por outra razão.
Os tablets da Apple têm sido removidos das prateleiras em muitas das lojas por causa de um disputo em torno do nome iPad. Já tínhamos reportado que a Apple iria ter que pagar uma pequena fortuna, tendo ignorado na altura a aparente necessidade de pagar a uma empresa Chinesa para comprar o nome iPad.
A Apple escolheu na altura ignorar um preço de $55,104 pelo nome, tendo recentemente acordado para uma nova realidade – com as vendas do iPad, o preço seria então $1.5 biliões. Acreditando que as coisas funcionam como nos Estado Unidos, a Apple ignorou novamente preferindo uma batalha jurídica – na China? Agora perde a possibilidade de comprar por $1.5 mil milhões de USD bem como esta a testemunhar as “autoridades” a confiscarem iPads das lojas.
Uma equipa de inspeção na cidade de Shijazhuang lançou uma campanha para acabar com a venda de iPads nessa cidade por estar em causa uma empresa Chinesa que reclama o direito do nome iPad. Em dois dias, 45 iPads foram confiscados.
A empresa Proview Taipei registou o nome iPad numa série de países e regiões em 2000 e na China em 2001. Apple comprou os direitos à Proview Taipei em Fevereiro de 2010 mas a Proview Shenzhen diz ainda ter o direito ao nome. Ambas as empresas estão em tribunal a lutar pelo nome da tablet que não só vende mais mundialmente mas que criou um segmento novo. Em Dezembro de 2011 a Apple perdeu a sua ação judicial contra a empresa para utilizar o nome.
Agora, muitas das outras lojas estão a esconder os iPads com medo que as autoridades venham as confiscar. De uma forma ou outra, a Apple tem agora um enorme desafio na China. Quem tem razão poderá não ser o suficiente.
Welcome to the not so Apple World.
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