Computer Business Review (CBR) deu ontem a noticia que o Irão está novamente a bloquear o acesso à Web, inviabilizando a utilização de email para mais de 30 milhões de Iranianos. Isto não seria grande noticia, caso não tivessem a uma semana das eleições. O objetivo é claramente isolar os cidadãos do Irão de todas as “más” influências externas.
Teerão tem estado a filterar palavras chave, a desligar o acesso a VPNs e agora a vedar acesso a todos os sites com Secure Socket Layers (SSL), ou seja aqueles que são utilizados por Gmail, Hotmail e Facebook – começam com https em vez de http.
As eleições estão programadas para dia 2 de Março, data essa que Irão quer proteger das enormes empresas online que dão voz ao público e que propagam informação através de imagens, vídeo e relatos pessoais, pelo mundo fora a uma velocidade alucinante.
A realidade é que já foram vários os regimes que caíram, não diretamente por causa do poder online, mas muitos acreditam que foi esse poder que deu força a quem se revoltava contra a opressão, nunca mais isolados do restante mundo.
O bloqueio do protocolo SSL também impacta serviços como a Tor que foi sempre utilizada por cibernautas Iranianos para contornar os anteriores bloqueios.
O grupo de ativistas, Reporters Without Borders, já elaborou um documento que pode ser descarregado aqui em formato de pdf, onde descreve o Irão como inimigo da Internet.
Mas o Irão quer e vai mais longe, prometendo um bloqueio total, efetivamente tornando o seu ciberespaço numa espécie de Intranet, totalmente controlado pelo estado e semelhante ao que existe na China e na Coreia do Norte.
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