Desde o ano passado, que se ouve bem alto: mudem os dois CEOs da RIM, ou preparem-se para um declínio no valor da RIM, resultado de um decréscimo continuo de receitas.
E assim tem sido, mas parece que os únicos que não compreendem o risco que a RIM corre são os dois CEOs – Jim Balsillie e Mike Lazaridis. As receitas estão em queda e não só poucos novos clientes apostam nos smartphones da RM (para não falar no insucesso do seu tablet Playbook) como também os seus próprios clientes estão abandonar o barco em grandes números.
Os problemas internos, a falta de novo equipamento, a indecisão sobre qual sistema operativo de manter e uma falta de estratégia coerente capaz de se ajustar às constantes mudanças no mercado, deixam a RIM vulnerável e nas melhores hipóteses, prontas para ser comprada. Mas até a compra não deve trazer nada de bom para quem lá fica – o potencial de uma viragem de fortuna, é pouco provável.
Já no trimestre que terminou em Junho deste ano, RIM perdeu 1 milhão de clientes e com Android já responsável por metade dos smartphones, Apple a crescer mais rápido que o seu próprio mercado e Microsoft a iniciar a sua luta árdua para o segundo lugar, pouco ou nada poderá lhe ajudar.
Neste ultimo trimestre, RIM registou uma queda de 1,8 milhões de clientes nos Estados Unidos, juntando-se aos já 1 milhão que abandonaram a marca no trimestre anterior.
Estas são mesmo muito más noticias dado que o mercado cresceu 12% com a Apple e Android a crescer em percentagens superiores ao mercado – por defeito, alguém teria que pagar essa conta – calhou à RIM.
Samsung dominou o sector mobile nos Estados Unidos de forma consistente tendo um share de 25.3% em cada trimestre. O problema para RIM também reside no inventário avultado do Blackberry 7 e Playbook – ambos que independentemente de RIM acreditar no seu próprio sucesso, acabaram por vender muito (muito mesmo) abaixo do previsto (pela RIM).
Estamos a testemunhar uma das maiores e mais importantes empresas no sector mobile a morrer uma morte lenta – e muito dolorosa para os seus acionistas.
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