Quando nos colocam à frente um prato de comida existem dois sentidos que disparam imediatamente: a visão e o olfacto.
A apresentação de um prato (as cores, qualidade do corte, junção dos alimentos, colocação dos mesmos) e os aromas que se libertam ligam-se de imediato a diferentes áreas do nosso cérebro e acionam mais ou menos vontade de comer o manjar ali apresentado.
Podemos ter a melhor comida do mundo à nossa frente, que se cheirar mal e tiver uma apresentação fraca, suja ou nojenta, é rara a pessoa que a quer sequer provar.
O mesmo acontece quando apresentamos ideias ou conceitos a um empregador. A comunicação é a arte de fazer com que o nosso interlocutor esteja disposto a provar o prato ao invés de a rejeitar logo á partida. A maioria dos candidatos apresentam-se em entrevistas bem apresentados (ao nível do vestuário) e mal preparados ao nível das capacidades de oratória e influência.
Podemos ter a melhor experiência do mundo, capacidades técnicas fantásticas, vontade inabalável e estragarmos o “jantar” por comunicar de forma errada, isto é, que não influencia o recrutador.
No livro “Emprego Bom e Já” trabalhamos mais aprofundadamente esta questão sendo que aproveito para deixar algumas dicas:
- Define um objetivo para a comunicação (que impacto quer provocar?)
- Sê claro no que quer dizer (o que quer que os outros percebam?)
- Adapte a sua comunicação a diferentes públicos (como dizer a mensagem de forma a que outros a entendam?)
Um excelente exemplo de pobre comunicação aconteceu ainda há pouco com o comentador Camilo Lourenço. (Pessoalmente e regra geral, gosto dos comentários dele, pois colocam o dedo na ferida, tem uma visão imparcial da realidade e focam-se em soluções)
É um facto que existem em Portugal licenciados em áreas onde existem muito poucas vagas. É também claro que poucos jovens pensam nas saídas profissionais futuras quando se inscrevem num curso superior. E é uma evidência que existe uma discrepância entre o que as qualificações e competências que o mercado de trabalho está neste momento a pedir e aquilo que os candidatos estão a oferecer.
Urge, por isso, dotar a sociedade e em especial os jovens de ferramentas para que, logo no momento da inscrição, consigam perceber melhor a evolução a médio prazo do mercado português e mundial para que tomem decisões mais bem informadas e tenham menos surpresas depois. Além disso é importante que estes jovens tenham disponibilidade mental e vontade para alterar (a meio ou no final) o rumo da sua educação ou que pelo menos percebam as implicações de não o fazer.
Eis como Camilo Lourenço explicou este ponto…
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Vê a diferença?
No www.conseguiremprego.pt poderá ter uma série de ferramentas gratuitas para encontrares o seu emprego…
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