Já se vem a verificar, há algum tempo, a tendência de conteúdo tornar-se cada vez mais conciso. Desde o inicio da Web que a mesma tem evoluído através do conceito da página – algum tipo de documento http. Google criou o seu império em torno deste principio, permitindo-nos encontrar estas páginas, classifica-las e publicitar à sua volta.
Nos últimos anos, com o crescimento da social web, assistimos ao conteúdo passar do modelo inicial de página para objetos mais pequenos de informação – social objects – pequenas peças de conteúdo em formato de vídeo, áudio, updates, tweets,etc.
Facebook acredita que o futuro da Web tem mais a ver com estes fragmentos de informação do que á própria página onde se encontram. A maioria do conteúdo é hoje produzido não por organizações mas sim pelos utilizadores.
Este tornou-se o grande desafio para a Google – com o seu modelo de negócios construído em torno do page rank algorithm, densidade de keywords na página e analise de quem se liga a essas páginas, Facebook poderia bem transtornar o paraíso da Google, bem como uma inteira industria de especialistas de SEO.
Quando não se trata de uma página mas sim um status update, por exemplo, a capacidade de Google determinar o que é bom conteúdo e o que é mau, é fortemente ameaçado. A página já não é a verdadeira unidade para medir, no universo da criação de conteúdo.
Alguns acreditam que o pêndulo já rodou demasiado para o lado oposto onde fomos de uma escrita ponderada para simplesmente clicando em “likes” e a partilha de conteúdo – uma mudança de influência para popularidade.
Estamos agora a respeitar desproporcionalmente mais os que partilham e comentam que aqueles que produzem o próprio conteúdo? Plataformas com a paper.li produzem autênticos portais de noticias com base nas preferências da pessoa que gere a conta. Scott Monty, director de Social Media da Ford Motor Company tem o seu próprio jornal online. Como Scott, existem inúmeros outros profissionais que crescem em popularidade que acaba por se transformar em influência – mas em grande parte pela sua partilha de conteúdo de outros, comentários deixados online e “likes”.
Google decidiu que não iria ficar de fora e construiu o Google Plus podendo assim ter a possibilidade de captar estes novos sinais – social signals – e cozinhá-los com os já conhecidos Google results.
Rapidamente tornou-se mais que evidente que Facebook nunca iria partilhar esse tipo de informação, até porque já o fazia com o concorrente da Google – Bing da Microsoft. Com a terminação do contrato com Twitter este ano, para incluir o seu stream nos resultados, Google teve mesmo que iniciar-se nesta nova realidade, evitando assim colocar em risco tudo que fez Google o que Google é hoje em dia.
Google engoliu o seu orgulho e lançou Google Plus.
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