Influência Online

O Que Interessa Não é o Que Sabe, Mas Sim Quem Conhece, e Provavelmente Quem Influencia

Quando Charlie Sheen teve a sua crise existencial no inicio deste ano, ele decidiu abrir uma conta no Twitter. No seu primeiro dia, Sheen conseguiu alcançar 1 milhão de seguidores, chegando a dois milhões numa única semana. Depois decidiu cobrar o seu sucesso.

Influência Online

Em Portugal, Twitter não tem tido grande aceitação, por menos pelas massas, mas alguns utilizadores, twitam o equivalente de uma equipa inteira. Um deles é Paulo Querido que com 42,227 seguidores, seguindo 15,818 pessoas, conseguiu alcançar o 9º lugar em Portugal mas com muito esforço – é que ele já enviou 85,581 tweets (fonte: Twitter Portugal).

Somente para ter uma ideia do poder de alguns Portugueses no Twitter, Cristiano Ronaldo tem mais de meio milhão de seguidores, mas só segue 45 pessoas, tendo escrito uns escassos 740 tweets.

Mas algumas celebridades online já se aperceberam do seu poder económico, diretamente relacionado com a sua influência online.  Quando Charlie Sheen teve a sua crise existencial no inicio deste ano, ele decidiu abrir uma conta no Twitter. No seu primeiro dia, Sheen conseguiu alcançar 1 milhão de seguidores, chegando a dois milhões numa única semana. Depois decidiu cobrar o seu sucesso.

Arnie Gulov Sing, CEO da Ad.ly, um serviço que ajuda as celebridades a tweetarem por dinheiro, ajudou Sheen a ligar-se ao site Internships.com. Sheen enviou somente um tweet explicando a sua necessidade de arranjar um “winning intern with Tiger blood”. Nada mais, nada menos. O tweet levava quem clicasse no link para o site Internships.

O resultado foi estrondoso, com 95,000 pessoas a clickar no link na primeira hora tendo em total 1 milhão de pessoas a visitar o site durante o curto período de validade (exposição) do seu tweet.

Para o site Internships, Charlie Sheen foi o equivalente de um anuncio no Super Bowl, reconhecido como o mais caro e com maior impacto de todos os anúncios. De repente, o mundo de marketing acordou à realidade do poder das redes sociais e o que uma celebridade consegue fazer. O importante foi só encontrar quem influenciava naquela dada altura.

Com o numero de pessoas a criarem conteúdo no Facebook, no Twitter e em outros sites online, medir e perceber influência tornou-se um serviço valiosa para quem a conseguir dominar. Joe Fernandez, fundador do site Klout, criou esse mesmo serviço que classifica a influência das pessoas online com base nos seus tweets, retweets, bem como o tamanho da sua audiência nas redes sociais. Com uma escala de 1 a 100, celebridades como Sheen têm uma classificação nos 90s.

Klout tem o objetivo de criar um negocio ligando os marketers com aqueles que influenciam os seus amigos online. Se tiver um Klout score acima da media de 40, tem todas as probabilidades de ser abordado para colaborar com uma marca, especialmente se o identificarem como “especialista” numa área especifica – por exemplo comida ou snowboard.

A Audi procurou influenciadores com uma paixão de carros, convidou-os para fazer um test drive durante um fim de semana e depois pagou para uma viagem a Napa. A HP já ofereceu os seus novos laptops a techies com um grande numero de seguidores no Twitter e RedBull já ofereceu viagens e estadias a quem demonstrasse influência e paixão por snowboarding. Afinal basta ter Klout.

Outro negocio, o Top Prospect tornou ainda mais fácil, fazer dinheiro com a sua rede de contactos. Regista-se no site, o sistema analisa os seus amigos no Facebook e LinkedIn, procurando candidatos para os melhores empregos que Top Prospect tem.

Mas nem sempre tudo corre bem para as celebridades.

Há duas semanas, o telemóvel pessoal de Charlie Sheen foi inundado de telefonemas quando Sheen enviou um tweet para os seus mais de 5 milhões de seguidores no Twitter, em vez de uma mensagem privada para Justin Bieber. incluindo o seu numero de telefone pessoal. Alguns dos 5.5 milhões de seguidores de Bieber decidiram ligar a Sheen.

Sheen foi forçado a desligar o seu telemóvel e mudar de numero. Uma pessoa que estava na mesa ao lado no restaurante em que Sheen comia, explicou o que aconteceu:

“Charlie’s phone immediately went into meltdown. It was ringing wildly, and he got 1800 text messages in minutes. Charlie saw the funny side and answered the phone a few times, saying things like, ‘Ray’s Pizza’ and his catchphrase, ‘Winning’. But his phone just continued ringing and buzzing and eventually just completely melted down. Charlie was like, ‘I guess I need a new phone’.”

Como é óbvio, não vale a pena ligar.

Charlie Sheen Numero De Telefone No Twitter

Write first comment

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *