Não é todos os dias que uma marca é obrigada a fechar as suas lojas para evitar o caos dado a loucura centrada à volta da procura por um dos seus produtos. Aliás, pode-se dizer que é inédito.
Para colocar esta procura em contexto, 5 das 6 lojas da Apple na China perfazem 17% das vendas totais, mundialmente. Tim Cook, CEO da Apple explica porquê: “customer response to our products in China has been off the charts.” Isto no país das imitações baratas.
Ontem, uma multidão reuniu às portas das lojas da Apple, à espera da introdução do iPhone 4S em Beijing, supostamente disponível hoje de manhã. Quando as lojas não abriram, por questões de segurança, as pessoas reagiram atirando ovos às montras. Mas afinal quem vai comprar um iPhone com ovos?
Apple comunicou ter suspenso a venda de todos os iPhones nas suas 5 principais lojas na China por questões de segurança – dos seus clientes e colaboradores. Mas a Apple vai continuar a vender online, através do seu parceiro oficial, a Unicom, e noutros locais autorizados como revendedores. Na comunicação, a Apple não referiu para quando a reabertura das suas lojas.
O problema, ao contrário da sua concorrência, está no facto da Apple não conseguir produzir suficientes iPhones para a procura. Mas quem estava à porta para comprar os iPhones não eram todos clientes – existiam grupos de indivíduos que tinham vindo de autocarro com a promessa de receberem $16 por cada iPhone que conseguissem comprar, provavelmente para alimentar o mercado negro.
Ao aperceberem-se do possível risco, a policia deu ordem para as lojas não abrirem. Furiosos, os que esperava, atiraram ovos às montras obrigando a policia a dispersar a multidão e fechar o quarteirão à volta das lojas.
Esta já é a segunda vez que a loja de Beijing (Sanlitun) foi obrigada a fechar temporariamente por causa do lançamento de um novo produto. Em Maio, foi por causa do iPad 2 que vários ficaram feridos por causa do caos.
Noutras lojas de Beijing, o iPhone 4S rapidamente esgotou mas não causou problemas idênticos aos da loja Sanlitun.
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