A diminuição de empregados em grandes quantidades diminui duas coisas – custos e confiança do consumidor. RIM, cujo Blackberry dominava o mercado de telemóveis há poucos anos, anunciou agora que vai eliminar 2,000 postos de trabalho, ou seja 11% da totalidade de empregados espalhados pelo mundo fora.
Nokia, por outro lado, vai ter que fazer o mesmo muito em breve dado os seus recentes resultados financeiros. Mas primeiro começou por tomar uma decisão tipo vida/morte. De uma só vez, acabou com o seu sistema operativo Symbian, escolhendo assim Microsoft como o seu novo parceiro. É preciso ter coragem mas as outras opções não pareciam melhores ou mais seguras.
Nem a Nokia, nem a RIM, tiveram a capacidade de acompanhar a velocidade de inovação nem a mudança de expectativas do consumidor, algumas vezes deveras irracionais. Este declínio já se adivinhava mas não neste curto espaço de tempo. Ambas as empresas foram de uma posição de liderança para um lugar instável de seguidor, esmagados por dois novos concorrentes, Apple e Google, ambos com talento, recursos e dinheiro.
No caso da Apple, o problema amplifica-se devido à sua constante mudança reminiscente de um alvo que se move constantemente. Apple tem se concentrado em poucos produtos excelentes, não temendo a extinção de produtos que não correspondam à presente estratégia.
O mais impressionante? RIM caiu para 3º lugar ultrapassada pela Apple que faz um único telemóvel. Uma das grandes alterações nos departamentos de IT afectou largamente a RIM – é que antigamente, Blackberrys eram entregues a todos os funcionários de empresas. Presentemente, grande parte das empresas permite que se escolham outras marcas e modelos.
Nem a Nokia nem a RIM vão desaparecer num futuro imediato, mas se por acaso tiver ações numa das duas empresas (ou pior – nas duas), não será má ideia aceitar o prejuízo agora enquanto pode.
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