No Mobile World Congress em Barcelona, a decorrer neste momento, a Samsung revelou o seu novo Samsung Galaxy Beam, um telemóvel Android com um projetor integrado. Se por um lado, muitos ficaram perplexos com esta nova invenção, por outro demonstra a estratégia que a Samsung está a seguir.
Não sou fã do Samsung Galaxy Note, muito menos da forma como o comunicaram – “Samsung Inaugura categoria nova…” – mas uma coisa é certa, com o Note e Beam, a Samsung demonstra a sua capacidade de inovar e de sair da sombra da Apple. Ambos estes dispositivos podem ser considerados produtos de nicho, mas demonstram a coragem de ir além do que existe.
O Samsung Galaxy smartphone, e o Galaxy tablet não causaram grande impacto sem ser de serem acusados, implicitamente e depois explicitamente, através de ações jurídicas, de copiarem dispositivos da Apple, especificamente o iPhone e iPad. Mas o que surpreendeu agora em Barcelona foi o Galaxy Beam.
O Galxy Beam é um smartphone com Android mas com uma (grande) diferença, o projetor. Pelas especificações, ecrã de 4 polegadas, processador de 1G dual-core e com Android 2,3, este smartphone parece nos aparecer do passado, e pouco menos algo que ficaria um segredo até a mais importante feira mobile da Europa. O que nunca percebi é porque os novos smartphones não veem já com a nova versão de Android.
O seu projetor interno é que surpreende, e acho pessoalmente que até é um gadget interessante. Samsung diz que a imagem projetada pode até ser HD com uma largura de 50 polegadas e uma intensidade de 15 lumens. Assim pode agora projetar fotografias, vídeo, apresentações e jogos sem que tenha que o ligar a uma aparelho externo.
Mesmo que seja considerado um smartphone para um nicho (leia-se gadget), é a sua anunciada entrada para o segmento de projeção, algo que poderá bem chegar em futuros tablets. A vantagem é que é o primeiro no mercado e caso existam outras marcas a integrar projeção nos aparelhos novos, a Samsung pode assim usufruir finalmente de estatuto de inovador. Não espere ver este top de integração em produtos da Apple, por em quanto, mas vamos ver mais.
Mesmo que “a moda” não pegue, estes passos são importantes para uma marca que já deve estar mais que farta de ser acusada de simplesmente copiar e começa assim, com o Beam e Note, a distinguir-se da restante concorrência – o ideal seria mesmo conseguir fazer dinheiro e ganhar quota com tais produtos.
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