Nos Estados Unidos, anunciantes gastam $59 biliões USD por ano em publicidade na televisão. Mas a televisão está a mudar em duas formas distintas – tablets estão agora a complementar, e em algumas circunstâncias, a substituir, o visionamento de programas na televisão e por outro lado, a nova geração de televisores inclui agora ligações à Web bem como widgets que permitem a interação com serviços como Twitter.
A ligação à Web nas televisões é especialmente importante dado que o mesmo permite ver conteúdo em sites de streaming tal como o YouTube, e com isso, surge a oportunidade de desviar investimentos tradicionais em televisão para sites de vídeo online. Nos últimos 3 anos, 2% de clientes de TV por cabo cancelaram o seu serviço em torno de alternativas online – e isto é só o principio de uma moda que chegou para ficar.
Mas YouTube, que supostamente deveria ter a maior vantagem nesta mudança, pode ter acabado por perder esta oportunidade. Presentemente, YouTube tem entre 110 e 130 milhões de visitas únicas por mês, dependendo nos números da ComScore ou Quantcast.
De qualquer forma, o tempo passado, por pessoa, no YouTube, é uma fração daquela dos seus concorrentes. ComScore reporta que o típico utilizador do YouTube passa 2 horas e 14 minutos a ver vídeos por mês, ou seja 15 minutos por dia – Hulu capta os seus utilizadores por 5 horas e Netflix por 9 horas e 15 minutos.
Em geral, a audiência gosta do YouTube, mas para rapidinhas, e não para vídeos compridos. YouTube continua a crescer (25% nos últimos 12 meses) mas necessita que os seus utilizadores superficiais passem mais tempo online, se quer atrair os principais anunciantes.
Como solução, a Google, a quem YouTube pertence, alocou $100 milhões USD para construir melhor conteúdo – mais longo e mais profissional. YouTube também lançou recentemente YouTube Live, um serviço cujo objectivo é manter o utilizador mais tempo no site – no caso de YouTube Live, parece mesmo só faltar conteúdo interessante.
Não vai ser fácil.
“Não somos bons a criar conteúdo”
disse Tom Pickett, director de conteúdo do YouTube, à AdAge em Março deste ano.
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